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Rarefeito

Se eu respirar bem devagar
inflando os pulmões como lençóis da caravela
eu irei a nenhum lugar.
Se eu inflamar o ar do peito
enquanto a carne derrete embaixo dos cabelos
talvez eu só me desfaça em cinzas.
Se entre as costelas e vértebras
se acomodarem nuvens e paisagens, 
que eu inspire devagar... 
Mas que a beleza que passa entre os olhos 
revele também os meus erros.
Certamente ao expirar
somos todos soprados rarefeitos.


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