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Mostrando postagens de outubro, 2017

Fingindo Melancolia

Acostuma-te com a cova e a merda que te esperam, são suas!  Velhas amigas estarão reunidas em seu funeral e seus nomes são bem conhecidos: Ingratidão, com a boca enrugada e amarga Solidão, escondida em um rosto vago e a dona do show, Rejeição. Por mais que tragas flores são só para a Ironia,  a mais familiar das velhas amigas. No lugar do túmulo joga um escarro Porque, claro O fim é miserável, como a criança abusada  que foi a vida.

Pé na Estrada

Nem a verdade pode agarrar certas certezas. ou a estrada percorrer toda a viagem. A margem não delimita todo o rio,  nem nascente,  poente,  e paisagem. Nem sempre é gente quem viaja E nem o que queima é sempre quente. Nem sempre as passadas têm um destino. Às vezes é só o gasto solado do sapato arrastando o tempo enquanto vai indo

Mantra II

A minha magia é a volta das mãos que brilham como as palavras de um santo cristão  que desceu ao corpo do meu avô de criação. Meu poder é a palavra  desde que seja controlada pelas margens reais  ou pelas que cabem nos pulmões. Minha espada se chama Perdão, e quando minha voz for de um leão enjaulado  que eu me lembre: as barras são feitas de indecisão. Eu corto com Perdão as quatro direções e entôo o mantra. Minha magia é a aceitação.