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Meditações em Azul Escuro

Meditando sobre me ver como um personagem, 
olhando à distância, 
acabei arrumando o armário; 
amarrei os sapatos. 
Me cerquei dessa sonolência adequada 
mas deslocada no tempo. 
Me vi perdido e achado na linguagem, 
na arte, 
no movimento, 
mesmo estando parado, no momento. 
As soluções estão nas pontas dos dedos;
e desenhando ou escrevendo
eu vejo a infância à distância,
mas não vejo simetria.

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